RELATÓRIO
DE CUMPRIMENTO DO OBJETO FINAL
1.
IDENTIFICAÇÃO
O Projeto de Fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal de Rondon do Pará foi executado pela administração pública através, inicialmente, do Gabinete do Prefeito e, posteriormente, promoveu a criação da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECMA) com a consequente municipalização da gestão ambiental através de parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Fundo Nacional do Meio Ambiente e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM) / Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) do Estado do Pará.
Este relatório de cumprimento do objeto final foi enviado ao Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) com alterações e acréscimos de informações posteriores.
2.
INTRODUÇÃO
Rondon do Pará está situado área denominada como
“arco do desflorestamento”, onde estão localizados os municípios responsáveis
por 70% do desmatamento da Amazônia nos anos 2000-2001 (Fonte: MMA/SCA/SPRN, 2003). É um município novo, emancipado em maio de 1982,
que expressa o modelo desordenado de ocupação da Amazônia nas décadas 60-70,
com uma economia em declínio por conta da “migração” da indústria madeireira
para outras regiões, por conta da escassez de recursos florestais.
Resultante de um processo migratório
intenso e de exploração predatória dos recursos naturais, o Município que em
1986 possuía mais de 40 indústrias madeireiras em pleno funcionamento e 27,8%
da cobertura vegetal de sua área alterada, hoje possui menos de 20% dessa mesma
área, figurando na lista dos Municípios “campeões em desmatamento”, divulgada
pelo Ministério do Meio Ambiente em 2008.
Com extensão territorial de 8.241.10 km2,
o Município está localizado na mesorregião Sudeste paraense 06 e microrregião
Paragominas 017, nas coordenadas geográficas 04º46’34” Latitude Sul e 48º04’02”
Longitude Oeste de Greenwich, limitando-se ao norte com os municípios de Moju,
São Domingos do Capim, Paragominas e Dom Eliseu; ao sul com Abel Figueiredo,
Bom Jesus do Tocantins e Marabá; à leste com Dom Eliseu e Estado do Maranhão; e
a oeste com Jacundá, Goianésia e Moju. A sede municipal dista 532 km’s da
capital do Estado e 136 km’s de Marabá, principal pólo econômico da
mesorregião, com o acesso se dando principalmente pela BR-222, rodovia federal asfaltada,
que interliga a rodovia Belém-Brasília à rodovia Transamazônica, cortando o sul
Município.
O IDH-M em 1991 estava em 0,615 tendo aumentado
para 0,690 em 2000. Índices inferiores à taxa estadual, que estava em 0,663 e
0,720 nos anos respectivos. O município ocupava o 43º lugar no ranking estadual em 1991, tendo caído para a
55ª posição em 2000. Os dados do ano 2000 apontam para uma taxa de 79% de
alfabetização de adultos; 71,38% de freqüência escolar; 66,78 anos de esperança
de vida ao nascer; e índices de 0,700 de longevidade, 0,740 de educação e de
0,620 de renda, com R$ 156,81 de renda per capta. Já o PIB per capta do
Município teve uma pequena oscilação positiva passando da 42a
posição em 1999 para a 31a em 2002 e nova queda passando para a 39a
posição em 2004, com o valor de R$ 5.269,09 entre os 143 Municípios do Estado
do Pará.
A economia é
sustentada pela atividade de transformação dos recursos florestais. Dados do
IBGE e Ministério do Trabalho em 2006 apontam para um estoque de empregos
formado majoritariamente e em declínio pela Indústria de Transformação, com
1.914 unidades; e em ascensão: administração pública, com 1.013 unidades;
agropecuária, com 1.298 unidades; comércio, com 787 unidades; e 413 unidades
pelas atividades de serviço. Tais dados não refletem fielmente a realidade,
devido a grande informalidade e ilegalidade das atividades econômicas em todos
os setores.
O Município passa por uma crise
econômica e social que se agrava a cada dia com a diminuição das oportunidades
de trabalho e a queda da renda da população, originada pela “migração” da
indústria madeireira para novas frentes de expansão, uma vez que a matéria prima
florestal torna-se escassa a cada ano, forçando a comunidade a repensar seus
mecanismos de utilização e manejo dos recursos naturais e encontrar formas
sustentáveis de promover o desenvolvimento social, econômico e cultural local.
A queda da produção se acentuou fortemente a partir do ano 2000, tendo se
estabilizado atualmente em torno de 30 a 40.000 m3 de madeira mensalmente.
A vocação econômica não apenas de
Rondon do Pará, mas dos municípios da microrregião está centrada na exploração
dos recursos florestais, pois foi sobre esta base que a comunidade se instalou,
mas obviamente que numa relação de exploração predatória insustentável.
Cabe agora
alterar essa relação, buscando minimizar os impactos ambientais através do
reflorestamento utilizando espécies que possam ser industrializadas na própria
região, da utilização dos resíduos, especialmente da madeira e do pó de
serragem, com a conseqüente verticalização da produção local. O investimento em
qualificação de mão de obra, na disseminação de novas tecnologias e na
renovação do parque industrial são os passos imediatos e necessários para
alcançar um novo modelo de exploração dos recursos florestais e fortalecer a
economia regional.
Em 2007 a Companhia Vale iniciou o programa “Vale
Florestar”, cujo objetivo é promover a reabilitação de 3 mil km2 de áreas
degradadas na região sul do Pará, num investimento de US$ 300 milhões até o ano
de 2015. Contudo, o setor produtivo local e regional ainda não conseguiu o
diálogo e a parceria necessária para integração de ações a partir da
expectativa de fortalecer o sistema produtivo regional, gerando emprego e
renda. O temor é que a região sirva apenas à necessidade da produção de madeira
para carvão vegetal que beneficie as indústrias de gusa e futuros parques de celulose
instalados fora da região.
Em 2003 o
Município iniciou um processo de repensar seu modelo de desenvolvimento e de
exploração dos recursos naturais. A partir da criação do Programa Municipal de
Desenvolvimento Sustentável Local, uma série de ações de mobilização,
capacitação e fomento foram articuladas pela Agenda 21 Local, com financiamento
do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) através do Convênio 045/2004. Como
resultante dessa preocupação e desse novo momento, o Município encaminhou ao
FNMA o projeto de estruturação de sua gestão ambiental municipal, que foi
executado de forma articulada com as demais ações em curso no Município que
visam dar suporte a um novo modelo de desenvolvimento.
Todo esse
processo se deu com incontáveis pequenas reuniões e encontros segmentados, com
mais de 35 reuniões temáticas, oficinas, seminários e audiências públicas,
cursos e capacitação envolvendo mais de 4.000 participantes, o maior processo
participativo de deliberação sobre políticas públicas nos 24 anos de emancipação
e 36 anos de vida do Município, o que corresponde a 10% da população
participando diretamente. A gestão ambiental implantada é fruto desse esforço,
assim como a elaboração do Plano Diretor Municipal, da Agenda de Ações
Prioritárias pactuadas para o Desenvolvimento Sustentável Local e todo o
conjunto de parcerias institucionais geradas nesse processo.
3. OBJETIVOS
O projeto tem
como objetivo geral: Fortalecer a gestão
ambiental no município de Rondon do Pará através da efetivação do Sistema Municipal
do Meio Ambiente, sua integração aos Sistemas Nacional e Estadual do Meio
Ambiente, da democratização da gestão das políticas públicas e da mudança
cultural da comunidade para uma ética sustentável de defesa da vida.
As ações do projeto foram planejadas e
executadas através de cinco eixos estruturantes, abaixo relacionados, que
atingissem as causas identificadas para os problemas ambientais locais:
I.
capacitação e qualificação do corpo técnico municipal e da sociedade civil;
II.
controle da exploração dos recursos naturais através do licenciamento,
fiscalização e monitoramento;
III.
fortalecimento e estruturação do sistema municipal de meio ambiente com uma
gestão ambiental integrada e participativa;
IV.
educação ambiental e disseminação de uma nova cultura sustentável;
V.
alternativas econômicas sustentáveis que gerem renda, justiça social e
preservação ambiental.
O projeto se propôs a realizar seu objetivo
geral através de 06 metas:
1.
Disseminar cultura de sustentabilidade através do plano de comunicação social e
fortalecer o CONSEMA e o Fórum de DLIS.
2.
Aperfeiçoar e complementar o ordenamento jurídico-institucional local, gerando
base legal e sustentabilidade para o órgão ambiental.
3. Consolidar
o licenciamento e a fiscalização através do SICA e propiciar a continuidade e
integração das ações administrativas.
4.
Consolidar e capacitar os quadros técnicos da administração municipal e da
sociedade civil local, através do plano de capacitação.
5.
Implementar mecanismo econômico de uso sustentável dos recursos florestais locais.
6.
Promover campanhas de educação ambiental como instrumento de mobilização da
comunidade para o processo da gestão ambiental participativa.
4.
METODOLOGIA, MATERIAL E MÉTODOS
O projeto foi implantando no mesmo período
de elaboração da Agenda 21 Local e do Plano Diretor Municipal, o que
possibilitou a integração de diferentes dinâmicas de planejamento
socioambiental e o fortalecimento mútuo das ações, gerando sinergia e acúmulo
institucional. As ações do projeto se realizaram integradas a essas dinâmicas,
fortalecendo o enfoque socioambiental e participativo à gestão ambiental, uma
vez que cerca de 10% da população do Município participou diretamente desse
processo que ocorreu através de 110 atividades diferenciadas, como reuniões
temáticas, oficinas, seminários e audiências públicas, cursos, conferencias
municipais e assembléias.
A proposta do projeto não previu sua
execução em etapas diferenciadas, mas em metas diferentes que executadas de
forma articulada geraram um conjunto de resultados desejados, conforme se pode
depreender dos dados e informações relatadas.
No período de início de implantação do
projeto, a estrutura institucional se constituía da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, Turismo e Agricultura – SEMATAG, criada através da Lei Municipal
nº 400, de 28 de setembro 2001 e estruturada em 1 departamento de meio ambiente
e 2 divisões de agricultura e abastecimento. Agregada à Secretaria Municipal de
Agricultura, então existente, com uma dotação orçamentária para 2004 no valor
de R$ 960.000,00 (SEFIN/2004), as atividades do órgão se restringiam às ações
focadas na agricultura e no escoamento da produção agropecuária local.
Com um corpo de profissionais e técnicos
insuficientes e não qualificados, a gestão ambiental se restringiu a criar a
estrutura organizacional e realizar atividades esparsas e desarticuladas de
educação ambiental, com baixo impacto no conjunto de problemas ambientais
municipais. A Política Municipal de Proteção, Controle, Conservação e Recuperação
do Meio Ambiente foi instituída pela Lei Municipal nº 421, de 27 de setembro de
2002, mas seus instrumentos legais eram incapazes de promover a gestão, pois
estavam em desacordo com as normas federais e estaduais vigentes.
A Lei nº 400/2001 também criou o Conselho
Municipal do Meio Ambiente, constituído arbitrariamente por dez conselheiros,
dos quais cinco representavam o poder público e cinco o setor produtivo e a
sociedade civil. A definição arbitrária de quais órgãos e entidades compunham o
Conselho Municipal acabou inviabilizando seu pleno funcionamento.
As ações realizadas pelo projeto estiveram
em consonância com a Resolução 021/2002 do Conselho Estadual do Meio Ambiente
do Pará, que estabelece as diretrizes para uma gestão ambiental descentralizada,
e buscaram implantar a gestão ambiental municipal em conjunto com o Plano
Estratégico Diretor do Desenvolvimento Municipal Participativo, de modo a
contribuir para o uso sustentável dos recursos naturais e promover um novo
modelo de desenvolvimento.
O principal desafio foi elaborar e implantar
os mecanismos de gestão ambiental em conjunto com mecanismos que estimulem o
desenvolvimento sustentável da região, pois uma gestão ambiental dissociada da
preocupação com o desenvolvimento poderia gerar ainda maior segregação das
atividades produtivas e proliferamento de atividades ilegais.
Dessa forma, o projeto se propôs a
implementar a gestão ambiental, estruturando e fortalecendo o Sistema Municipal
do Meio Ambiente, delineando um perfil de política ambiental participativa e
centrando esforços na transformação cultural dos valores utilitários para
valores éticos de respeito à vida. Através de ações de educação ambiental,
fiscalização e monitoramento das ações prejudiciais ao meio ambiente e da
viabilização de uma alternativa econômica ecologicamente sustentável, através
do fomento ao Pólo Moveleiro Ecosustentável, como forma do Município superar o
quadro atual e consolidar num novo cenário de preservação da Amazônia e de seu
patrimônio genético, cultural e ecológico.
Para as atividades de planejamento foram
utilizados instrumentais teóricos do Planejamento Estratégico Situacional,
elaborado por Carlos Matus e sua equipe da Fundação Altadir. As Matrizes do
MAPP (Método Altadir de Planejamento Participativo) e FOFA (Fortalezas,
Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) foram aplicadas nas atividades de
diagnostico e de planejamento de atividades.
Meta
1. Disseminar cultura de sustentabilidade através do plano de comunicação
social e fortalecer o CONSEMA e o Fórum de DLIS.
Essa meta foi pensada para incidir sobre a
cultura local, cuja principal característica é o imediatismo, uma vez que a
comunidade não possui raízes e tradições culturais profundas e fortalecidas, já
que foi resultante do processo de ocupação desordenada na Amazônia durante os
anos 60 e 70.
Para se ter uma idéia, 42% dos proprietários
rurais produtores de leite são originários da Bahia, 15% do Espírito Santo, 15%
de Minas Gerais, 8% do Pará, 5% do Maranhão e em percentuais menores, Goianos, Cearenses,
Sergipanos e Paranaenses, (SEBRAE Local, 2008). Esse modelo de ocupação gerou
comunidades com baixa interação com o meio ambiente físico, uma vez que o sonho
de muitos era prosperar na região amazônica e retornar para seus Estados de
origem.
Foram previstas como atividades para essa
meta: a realização de 12 reuniões bimestrais do CONSEMA - Conselho Municipal do
Meio Ambiente; a produção, diagramação e arte-finalização de 30 tipos
de material impresso; a produção de 14 vinhetas para rádio e spots para tv; 860
Veiculações de vinhetas nas rádios e spots nas tvs; a realização de 06
audiências públicas do CONSEMA com demais os parceiros; a edição de 01 vídeo
com experiências bem-sucedidas na comunidade; a contratação de 01 agente de
mobilização para dar suporte ao projeto; a construção de 04 estruturas
permanentes de outdoor nas entradas da cidade; a plotagem de 40 banners
promocionais para ambientes interiores; a veiculação de 10 mensagens em
outdoors; a produção de 02 tipos de folders institucionais e 02 tipos de
cartazes, com 12.000 publicações; a ocupação de 02 stands em 02 Feiras
Agropecuárias; 08 participações de representantes do projeto em seminários do
FNMA/SPRN; a ampliação do CONSEMA em 05 vagas; 01 revisão do Regimento Interno
do CONSEMA; realização de 01 oficina com agentes públicos da administração
municipal; 02 atividades de capacitação dos conselheiros do CONSEMA com temas
do Plano de Capacitação; a elaboração de 01 Agenda Ambiental Municipal a partir
da Agenda 21 Local; publicação mensal de 24.000 jornais informativos;
realização de 01 seminário microrregional envolvendo os Municípios afins;
realização de 01 seminário local para avaliação do projeto; publicação de 01
revista com os resultados do projeto; edição de 01 vídeo informativo dos
resultados do projeto.
O propósito das atividades executadas visou estimular,
propiciar e ampliar a participação da comunidade nas políticas públicas,
criando mecanismos e canais participativos, como forma de tornar os cidadãos
co-responsáveis pelo lugar onde vivem. Dessa forma é que foram organizados os
espaços participativos, tais como as plenárias e reuniões setoriais no processo
de elaboração do Plano Diretor Municipal, envolvendo o setor público, o setor
produtivo e a sociedade civil, para debater e formular uma visão de futuro,
identificando vocações, entraves e potencialidades e eixos vetores para o
desenvolvimento sustentável local, pactuando ações e propostas que se tornaram
no Plano Estratégico Diretor do Desenvolvimento Municipal Participativo.
A política de gestão ambiental esteve
integrada nesse processo, tendo sido criado por lei o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano Sustentável (CMDUS), cujo objetivo, entre outros, é
monitorar e deliberar sobre as ações previstas nesse plano e ser um espaço de
participação popular na implementação da política de desenvolvimento local.
O Conselho Municipal do Meio Ambiente
(CONSEMA), que outrora era formado por 10 conselheiros definidos
arbitrariamente em lei, foi reestruturado através da Lei Municipal 532/2008,
passando a ser composto por 15 conselheiros em uma estrutura aberta, com seus
membros sendo eleitos durante a Conferência Municipal do Meio Ambiente e
participação majoritária da sociedade. Esse Conselho, de caráter deliberativo,
passou a reunir-se ordinariamente a cada mês, tendo aprovado seu Regimento
Interno em que prevê a estruturação das Câmaras Técnicas, de Audiências
Públicas e Grupos de Trabalho participativos.
A I Conferência Municipal do Meio Ambiente,
realizada em 23 de fevereiro de 2008, contou com expressiva participação de 145
delegados dos vários segmentos da sociedade, do setor produtivo e do poder
público, que discutiram o tema “Rondon do Pará e as mudanças climáticas
globais” e deliberaram propostas para a política municipal de meio ambiente e
um plano local de enfrentamento das mudanças climáticas.
As Conferências Municipais do Meio Ambiente,
realizadas a cada 2 anos, foram transformadas pela Lei Municipal 532/2008 no
espaço efetivo de participação do cidadão para propor, analisar, fiscalizar e
debater a política municipal do meio ambiente. Em 10 de setembro de 2008 uma
Assembléia das organizações da sociedade civil e do setor produtivo, conforme
previu a lei municipal supracitada, elegeu os conselheiros para mandato até 2010,
quando então os novos conselheiros serão eleitos durante a II Conferência
Municipal.
O projeto de Fortalecimento da Gestão
Ambiental Municipal, em conjunto com a Agenda 21 Local, possibilitaram diversos
momentos de reflexão sobre o modelo de desenvolvimento da comunidade, que até
então pouco utilizava a expressão “desenvolvimento sustentável” por ter um
imaginário focado na idéia de “progresso”. Um fato demonstrativo dessa
realidade é o slogan do Governo Municipal de 2000 a 2004 que se autodenominava
o “Governo do Progresso” e que foi sucedido em 2005 a 2008 pelo “Governo da
Parceria para o Desenvolvimento”. Uma contribuição relevante dos projetos
implantados com apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente no Município consistiu
no fomento a essa mudança de padrão cultural, da velha idéia de progresso para
a noção de desenvolvimento sustentável.
Meta 2. Aperfeiçoar e complementar o
ordenamento jurídico-institucional local, gerando base legal e sustentabilidade
para o órgão ambiental.
O ordenamento jurídico é o principal
instrumento para efetivar a gestão ambiental, sem o qual o poder público não
pode exercer o papel de polícia, uma vez que sua ação deve ser discricionária e
fundamentada legalmente.
Até o início do projeto o Município possuía
uma lei ambiental municipal (no 421/2002) que destoava das demais
normas legais de âmbito federal (leis e resoluções do CONAMA) e estaduais (lei
e resoluções do COEMA) e, portanto, não possuía eficácia jurídica. Entre outras
incoerências desta lei, os tipos de licenças ambientais criadas e o
estabelecimento dos valores das respectivas taxas, destoavam da normatividade
superior, ferindo o princípio da hierarquia jurídica e impossibilitando sua
aplicabilidade.
A elaboração de novo projeto de lei, em
acordo com a normatividade ambiental do país e da unidade federativa, com sua
respectiva aprovação pela Câmara Municipal de Vereadores, trouxe à existência a
Lei Municipal no 532/2008, que dispõe sobre a Política Municipal do
Meio Ambiente e dá outras providências (Anexo 3). Essa norma criou o Sistema
Municipal do Meio Ambiente (SISUMA), com a finalidade de implementar, organizar
e coordenar a execução da Política Municipal do Meio Ambiente (art. 4o).
O Sistema Municipal do Meio Ambiente
tornou-se constituído do Conselho Municipal do Meio Ambiente (CONSEMA), como
órgão normativo, deliberativo, consultivo e espaço de participação direta da
sociedade; da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e
Turismo (SECMA), como órgão central executor, planejador, coordenador,
fiscalizador e supervisor; o Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente
(FEDMA), como órgão arrecadador e financiador; da Conferência Municipal de Meio
Ambiente (CEMAM), como espaço participativo da sociedade em geral para
avaliação, discussão e deliberação sobre a política municipal do meio ambiente;
e, como órgãos setoriais, as entidades da Administração Pública Municipal,
direta ou indireta, bem como as fundações públicas instituídas para esse fim,
que atuam na elaboração ou execução de programas e projetos relativos à
proteção da qualidade ambiental ou que tenham por finalidade disciplinar o uso
dos recursos naturais (art. 5o).
A lei ambiental
municipal também estabeleceu os instrumentos para implementação da política
municipal do meio ambiente e para o controle ambiental (art. 28), a saber:
I – o Plano Diretor do Desenvolvimento Municipal
Participativo, instituído através da Lei Complementar Municipal 001/2006;
II – a Lei de
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, de Edificação e Obras e de Posturas;
III – o Código
Tributário Municipal e demais normas tributárias;
IV – a Lei de
Taxas Ambientais;
V – a legislação orçamentária municipal, tais como o
Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual;
VI – o
licenciamento ambiental municipal;
V – o controle, monitoramento e a fiscalização de
atividades e empreendimentos que utilizem os recursos naturais ou sejam
potencial ou efetivamente poluidoras;
VI – o Banco de Dados Ambientais Municipal, com
informações e indicadores ambientais obtidos através do cadastramento de todas
as atividades potencial ou efetivamente poluidoras no Município;
VII – a Agenda
21 Local;
VIII – os
estudos ambientais e seus respectivos relatórios;
IX – as medidas diretivas ou restritivas, constituídas
por normas, padrões, parâmetros e critérios relativos a utilização, defesa,
conservação e recuperação dos recursos naturais, devidamente aprovadas pelo
CONSEMA;
X – a aplicação
de penalidades na legislação aos infratores ambientais;
XI – a definição de Unidades de Conservação Ambiental
através de áreas de proteção ambiental, bosques, reservas, estações ecológicas
e parques ambientais;
XII – a Educação
Ambiental e as campanhas de mobilização socioambiental;
XIII – as
Audiências Públicas;
XIV – a parceria com organizações não governamentais
e com organizações governamentais, de âmbito local, regional, nacional ou
internacional;
XV – a parceria
com empreendedores públicos e privados;
XVI – o incentivo a produção e instalação de
equipamentos e a criação e absorção de tecnologias limpas, voltadas para
melhoria da qualidade ambiental;
XVII – o Plano
Municipal de Proteção ao Meio Ambiente;
XVIII – o Zoneamento do Município,
ecológico-econômico, agroecológico, de uso e ocupação do solo;
XIX – o Plano de
Arborização Urbana;
XX – o Plano de
Intervenção em Áreas Alteradas;
XXI – a pesquisa
científica e a capacitação tecnológica;
XXII – as Auditorias Ambientais,
determinadas aos empreendimentos ou atividades em operação.
A elaboração de um projeto de lei
estabelecendo os critérios e valores para cobrança das taxas ambientais no
procedimento do licenciamento, e sua respectiva aprovação pela Câmara Municipal
de Vereadores, trouxe à existência a Lei Municipal no 533/2008, que
“institui taxas decorrentes das atividades de licenciamento ambiental no Município
de Rondon do Pará”.
Para adequar os valores das taxas à
realidade local, foi criada uma Unidade de Cálculo Ambiental, denominada de
UCA, incidente a partir do enquadramento do empreendimento em classes definidas
a partir dos critérios de porte do empreendimento (portes micro, pequeno,
médio, grande e mega) e potencial poluidor/degradador (portes I, II e III)
gerado pela atividade que, multiplicados pela Unidade Fiscal do Município
(UFM), define o valor da taxa. A própria lei municipal 533/2008 estabelece os
critérios para enquadramento dos empreendimentos nessas classes.
A lei ambiental municipal também criou o
Sistema de Informações e Cadastro Municipal (SICA), com o propósito de coletar,
sistematizar e disponibilizar as informações ambientais locais (art. 41) e as
penalidades para os infratores das normas ambientais (art. 43).
Para que as normas pudessem ser aplicadas e
os procedimentos realizados, fez-se necessário a elaboração dos instrumentos
administrativos, tais como os formulários e requerimento previstos na lei
municipal, os termos de referência para orientar os procedimentos aos
empreendedores e ao próprio sistema municipal de licenciamento, o auto de
infração e o fluxograma com o passo-a-passo dos procedimentos processuais,
todos validados através de portaria ou decreto municipal. A contratação de
consultoria especializada para elaboração desses instrumentos tornou-se
desnecessária a partir da ampliação da equipe técnica do órgão ambiental
municipal e de sua qualificação realizada em parceria com a Secretaria Estadual
de Meio Ambiente e com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá.
Uma cartilha foi publicada com o
passo-a-passo para o licenciamento ambiental municipal, visando orientar os
empreendedores e qualificar a sociedade civil para o acompanhamento, fiscalização
e monitoramento. A capacitação dos conselheiros membros do CONSEMA começou a
ser organizada e executada no momento de conclusão do projeto, por isso deixou
de constar neste Relatório.
3. Consolidar o licenciamento e
a fiscalização através do SICA e propiciar a continuidade e integração das
ações administrativas.
.
O processo de
consolidação do sistema municipal do meio ambiente, que possibilitou o
licenciamento municipal, se iniciou em 2004 quando o Município conveniou com o
Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA)
visando executar este projeto de “Fortalecimento da gestão ambiental municipal
de Rondon do Pará”. Com essa iniciativa, Rondon do Pará se tornou o 12º entre
os 143 Municípios do Estado do Pará a descentralizar a gestão ambiental,
tornando-se apto a licenciar mais de 50 tipos de empreendimentos com impacto
local.
O Convênio entre
a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e a Secretaria
Estadual de Meio Ambiente (SEMA) foi assinado no dia 12 de abril de 2008, com a
presença do secretário estadual, durante o Seminário “Reflorestamento e Alternativas para o Desenvolvimento Sustentável da
Região BR-222”, após o Município cumprir os pré-requisitos da resolução do
COEMA – Conselho Estadual de Meio Ambiente para descentralização da gestão
ambiental.
A Secretaria Municipal de Ciência,
Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo (SECMA),
criada pela Lei Municipal 472/2005, de 20 de outubro de 2005, foi instalada em
abril 2006, desvinculando-se das atividades da agricultura e iniciando os
procedimentos para compor e qualificar
a equipe técnica responsável pela gestão ambiental. Um aspecto relevante
que cabe ressaltar foi a estruturação do órgão ambiental com equipamentos,
móveis, utensílios e veículo, possibilitados pelo convênio com o FNMA. No
início de 2008 os instrumentos
jurídicos ambientais municipais foram reavaliados, com a reelaboração da
Lei Ambiental Municipal e
elaboração da Lei de Taxas Ambientais
Municipais, ambas adequadas às dinâmicas e características locais e
regionais, um passo importante para tornar viável a execução dos licenciamentos
ambientais.
O cadastramento
dos empreendimentos passíveis do licenciamento ambiental se iniciou com
prioridade para os empreendimentos que utilizam recursos florestais (serrarias,
laminadoras, movelarias e carvoarias) e empreendimentos de mineração na área
urbana. A continuidade do cadastramento possibilitará a instalação do Sistema
de Informações e Cadastramento Ambiental (SICA). A elaboração dos Termos de
Referência deu suporte para o início do licenciamento, com orientação clara e
concisa para o empreendedor e para a equipe técnica responsável pelo
licenciamento.
Ainda em 2008 foram concluídos os primeiros
procedimentos de licenciamento, com a expedição de 02 licenças prévias, 01
licença de instalação e 04 licenças de operação, certamente um marco na
história do Município e da região sudeste paraense, pois finalmente o Município
passa a integrar plenamente o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Foram identificados no cadastro municipal mais de 470 empreendimentos já
instalados que precisam de licença ambiental, o que dará o suporte financeiro
inicial para a gestão ambiental.
O Município está apto para licenciar
atividades como: beneficiamento, moagem, torrefação e produção de alimentos e
produtos afins; carvoaria (com até 30 fornos); extração de minerais de classe
II; fabricação artesanal de produtos farmacêuticos e de perfumaria; gráfica;
laticínio; movelaria, carpintaria, tornearia; olaria; panificadora e padaria;
piscicultura; serralheria, vidraçaria; bares com aparelhagem de som; casas
noturnas; depósito e/ou venda de produtos agropecuários; estância de comércio
de madeiras e afins; ferro-velho, sucatas, metais; marmoraria; posto de
gasolina (com até 5 bombas); venda e troca de lubrificantes e derivados de
petróleo; abate de animais; dedetização, desinfecção, desratização; depósito de
gás; lava-jato; limpa-fossa; oficina, auto-elétrica e retífica de carros e
motos; oficina de bicicletas; indústria têxtil; industrialização de palmitos;
matadouro; reflorestamento e plantio de essências florestais; serraria,
madeireira, laminadora; açougue; auto-elétrica; borracharia; hospital; laboratório
de análise clínica; lavanderia e tinturaria; pintura de placas e letreiros;
posto de saúde; troca de lubrificantes; garage e manutenção de caminhões
pesados e transportes coletivos; fabricação de detergentes, refrigerantes e
velas; entre outros tipos de empreendimentos.
Outro aspecto bastante relevante da gestão
ambiental foi a aprovação e execução do Projeto “Água e Cidadania para o
Desenvolvimento Local Sustentável das Bacias Hidrográficas de Rondon do Pará”,
numa parceria entre a SECMA e a Universidade Federal do Pará, com financiamento
de R$ 190 mil pelo CNPq e FINEP. O projeto tem como objetivo imediato a
construção de um processo de avaliação dos recursos hídricos das bacias
hidrográficas urbanas e peri-urbanas do município de Rondon do Pará, de teor
participativo e com a utilização de softwares que adote uma abordagem
interdisciplinar analisando a literatura especializada de diversas fontes
científicas (engenharia de recursos hídricos, geografia, urbanismo, sociologia,
saúde ambiental) à luz da realidade local, visando o fortalecimento do
desenvolvimento local sustentável com enfoque na água e cidadania.
A partir da execução desse projeto a SECMA e
a UFPA têm realizado o biomonitoramento da qualidade da água e avaliado a saúde
dos ecossistemas do Rio Ararandeua para atender os usos múltiplos da água em
suas bacias hidrográficas urbanas e peri-urbanas, privilegiando análises
físico-químicas, biológicas e de percepção ambiental. Rondon do Pará é o
primeiro Município do interior do Estado do Pará a buscar a integração do
planejamento e gestão municipal com a gestão dos recursos hídricos.
4.
Consolidar e capacitar os quadros técnicos da administração municipal e da
sociedade civil local, através do plano de capacitação.
A capacitação ocorreu de forma permanente e
integrada, voltada para os atores sociais envolvidos no processo, visando
fortalecer a capacidade de participação, decisão e organização do capital
social local. Capacitação nunca foi uma ação prioritária na comunidade, até o
início do Projeto, que organizou essa atividade como um programa de governo,
focado nos arranjos produtivos e nas organizações da sociedade civil, apoiado
pelo SEBRAE, Governo do Estado, Núcleo Universitário e FNMA.
Foi concretizada a implantação de unidade de
atendimento do SEBRAE, uma antiga aspiração do Município, ficando vinculada
institucionalmente à Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente
e Turismo, para atuar com foco no arranjo produtivo de móveis e artefatos da
madeira e no arranjo produtivo de leite e derivados, fomentando o
desenvolvimento sustentável. Como resultado desse processo, o SEBRAE está
investindo 1 milhão de reais nas atividades orientação empresarial e de
capacitação e organização desses arranjos produtivos.
As atividades de capacitação do setor
público, envolvendo o setor privado e a sociedade civil, visando implantar ou
fortalecer dinâmicas produtivas ecologicamente sustentáveis, realizadas pelo
Projeto, sob coordenação da unidade do SEBRAE e em parceria com a Agenda 21 Local
incluíram: curso Saber Empreender – Formando empreendedores rurais, de 28 a 30
de outubro de 2005; curso de Contabilidade para não-contadores, de 15 a 19 de
novembro de 2005; curso de Planejamento estratégico, de 14 a 18 de novembro de
2005; palestra Planejando a abertura de sua empresa, em 18 de novembro de 2005;
curso EMPRETEC, de 30 de agosto a 07 de setembro de 2006; curso Aprender a
Empreender para jovens empreendedores, 28 a 30 de janeiro de 2007; curso Saber
Empreender para jovens empreendedores, de 30 de janeiro a 02 de fevereiro de
2007; mini-curso Determinação Empreendedora, em 01 de dezembro de 2007; curso
Elaboração de Projetos para Captação de Recursos, de 18 a 22 de agosto de 2008.
Dessas atividades participaram mais de 130 empreendedores, gestores e líderes
comunitários.
Cabe também citar demais atividades de
capacitação, arroladas no Anexo 5 “Planilha das atividades realizadas nos
processos da Agenda 21 Local - Plano Diretor Municipal - Gestão Ambiental
Municipalizada”: Seminário da Agenda 21 Local, em 25 e 26 de maio de 2005;
Seminário de Educadores Ambientais do Carajás, em 07 de julho de 2005; Oficina
de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, de 02 a 05 de agosto de 2005;
Oficina de Gestão de Organizações Sociais, de 13 a 16 de dezembro de 2005;
Oficina Artesanal de Reaproveitamento de Resíduos de Madeira, de 30 de maio a
05 de junho de 2006; I Semana do Meio Ambiente, de 05 a 09 de junho de 2006;
curso de Ecologia e Desenvolvimento Sustentável (realizado pela Escola de
Governo), de 25 a 29 de setembro de 2006; Encontro de Integração Agenda 21
Local, Escola, Juventude e Plano Diretor Municipal, em 30 de janeiro de 2007;
curso Básico de Associativismo e Cooperativismo, de 26 a 28 de março de 2007;
Oficina de Comunicação Popular, de 20 a 23 de junho de 2007; curso de
Planejamento Territorial (realizado pela Escola de Governo), de 10 a 14 de
setembro de 2007; curso de Gestão Ambiental Municipalizada, de 10 a 14 de
setembro de 2007; Oficina para descentralização da gestão ambiental, em 27 de
fevereiro de 2008; curso de Formação de Jovens Agentes Ambientais, de janeiro a
outubro 2008.
Quanto a capacitação da equipe técnica, cabe registrar as capacitações
realizadas pela equipe da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), no
próprio Município; as oficinas realizadas pela equipe do PGAI – Programa de
Gestão Ambiental Integrada, em Belém; e o intercâmbio com a Secretaria
Municipal do Meio Ambiente de Marabá, que compartilhou sua experiência na
municipalização da gestão ambiental, recebendo em diversas ocasiões a equipe
deste projeto. Vale também registrar que para o processo de elaboração da
Agenda 21 Local e do Plano Diretor Municipal esta equipe recebeu treinamento e
acompanhamento da Secretaria Executiva de Desenvolvimento Urbano do Estado do
Pará (SEDURB), da Associação dos Municípios do Araguaia e Tocantins (AMAT) e da
Confederação Nacional dos Municípios (CNM), através de quatro Fóruns Regionais
realizados por essas instituições em Marabá e através da visita de Força Tarefa
dessas instituições no próprio Município, o que garantiu um processo
participativo e tecnicamente qualitativo.
A consolidação do quadro técnico para a gestão ambiental ocorreu com a
implantação da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e
Turismo (SECMA) que recebeu, por transferência, técnicos de outras áreas da
administração e obteve a inclusão de novas funções através do concurso público
municipal realizado em 2007 – 2008. Nesse concurso foram incluídas as funções
até então inexistentes de Técnico Ambiental e de Analista Ambiental, com a
previsão de 02 vagas para cada função, sendo a primeira de nível médio e a
segunda de nível superior.
Por fim, cabe ressaltar a inclusão do Município no PNC – Programa
Nacional de Capacitação, com participação no curso de Licenciamento Ambiental,
de seminários realizados virtualmente pelo sistema de educação à distância e em
atividades que estão sendo planejadas e executadas pela Secretaria Estadual de
Meio Ambiente.
5. Implementar mecanismo
econômico de uso sustentável dos recursos florestais locais.
O projeto tinha como um de seus objetivos
organizar o Polo Moveleiro como uma alternativa sustentável para utilização dos
recursos florestais locais, combate ao desperdício e geração de rendas.
Através de ações integradas foi realizado o
diagnóstico do segmento, que pela primeira vez se reuniu para discutir os
problemas e buscar soluções comuns. Foram cadastrados 29 empreendimentos de moveleiras
e carpintarias, e após um processo de capacitação, criada a Associação dos
Moveleiros e Artesãos de Rondon do Pará (AMARP), que tem sido o instrumento
jurídico e político para organizar o segmento e promover a implantação do Polo.
O SEBRAE passou a implantar um programa de
fomento ao arranjo produtivo de móveis e artefatos de madeiras, investindo
recursos financeiros na capacitação dos moveleiros através de cursos, oficinas,
treinamentos, palestras, seminários e através de uma consultoria direcionada
para melhoria da produtividade e da qualidade dos produtos. Uma das características
desse arranjo produtivo que tem sido trabalhada é a produção sustentável,
utilizando resíduos da madeira industrializada, como forma de reduzir
desperdícios e diminuir impactos sobre a floresta.
O intercâmbio com os Polos Moveleiros de
Paragominas e de Marabá, a participação em 3 Feiras de Exposição local,
inclusive o maior evento da região que é a EXPO-RONDON Exposição Agropecuária,
que envolve empresários e atrai participantes de várias partes do Estado e do
Brasil, possibilitou maior visibilidade a esse setor produtivo, sempre apoiado
pelo SEBRAE e pela Agenda 21 Local.
A administração municipal, através da
Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social, em parceria com a
Associação dos Moveleiros e Artesãos (AMARP), adquiriu os equipamentos e criou
uma Feira do Moveleiro e Artesão, realizada mensalmente na principal praça da
cidade, dando visibilidade, suporte à comercialização e estimulando a
comunidade a adquirir móveis desse segmento.
Através de ação articulada pela Secretaria
Municipal de Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo (SECMA) com a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA, antiga SECTAM), o Município foi
inserido no PIT PARÁ (Pólos de Inovação Tecnológica), desenvolvido pelo Governo
do Estado com financiamento internacional, e numa articulação com os demais
produtores do arranjo produtivo dos móveis e artefatos de madeira dos demais
municípios da região, foi criado o Comitê Tecnológico Regional de Madeira e
Móveis da BR-222.
O PIT PARÁ é
um projeto estruturante do Sistema Estadual de Ciência Tecnologia e Inovação com base em
desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais, através de ações de sinergia
entre o governo, as instituições de ensino pesquisa e desenvolvimento
tecnológico, agências de fomento e financiamento e os demais atores locais
instituindo mecanismos de governança para o planejamento do desenvolvimento
regional e incentivando a inovação em projetos de desenvolvimento local.
O Comitê Tecnológico Regional de Madeira e
Móveis da BR 222, segundo o Regimento Interno pactuado pelos seus integrantes,
tem por objetivo estimular a estruturação e gestão compartilhada do APL, com
ações que dinamizem as atividades da Indústria de Móveis e Artefatos de
Madeira, gerando emprego, aumento de renda e inclusão social, competindo-lhe:
I. Estruturar o APL com potencialidade para
desenvolver o sistema de produção de espécies florestais com potencial
madeireiro visando utilização na Indústria de Móveis e Artefatos de Madeira nos
municípios de abrangência do Comitê Regional;
II. Sensibilizar os diversos atores sociais
envolvidos com a Indústria de Móveis e Artefatos de Madeira para a importância
de projetos cooperativos, estimulando o protagonismo em nível local;
III. Incentivar a criação de sistema de
informação integrado, de coleta de dados e das ações já existentes, articulando
estratégias com base nessas informações;
IV. Estimular o processo de transferência de
tecnologias geradas ou adaptadas no Estado, ao Setor de Móveis e Artefatos de
Madeira dos municípios de abrangência do Comitê Regional;
V. Apoiar políticas articuladas para o
desenvolvimento integral do design como ferramenta de agregação de valor aos
produtos no setor;
VI. Articular políticas de promoção ao comércio,
identificando as potencialidades de mercado e produto do setor na localidade e
voltando-se ao mercado exportador;
VII. Incentivar
mecanismos que promovam a capacitação para o fortalecimento do capital social;
VIII. Mobilizar
recursos técnicos, científicos e financeiros necessários para viabilizar as
decisões do Comitê Regional, sendo estes objetos de análise, priorização de
demandas e encaminhamento pelo CONTEC, visando canalizar os recursos
necessários para resolução dos principais gargalos técnico-científicos do
setor, seja através do FUNTEC, de Fundos de Ciência e Tecnologia Setoriais do
Governo Federal, ou de outras fontes de recursos públicos e/ou privados,
nacionais e internacionais.
IX. Propor programas, projetos e políticas
públicas de fortalecimento do APL e do desenvolvimento sustentável;
X. Realizar
atividades de integração do APL com demais atividades sociais e econômicas que
influenciem as suas dinâmicas.
A primeira atividade do Comitê foi elaborar
um marco lógico, através de seminário participativo com os produtores
regionais, que deram origem ao Plano de Desenvolvimento do Arranjo Produtivo
Local de Móveis e Artefatos de Madeira da BR-222, posteriormente transformado
num Projeto de estruturação do Pólo Moveleiro da BR-222 e submetido a
apreciação do Ministério da Indústria e do Comércio, onde atualmente está
tramitando com o acompanhamento da SEDECT – Secretaria Estadual de
Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Estado do Pará. O projeto prevê o
fortalecimento desse arranjo produtivo como mecanismo para geração de emprego e
renda e uso sustentável dos recursos florestais regionais, com estruturação do
parque industrial produtivo dos móveis e artefatos de madeira.
6. Promover campanhas de educação
ambiental como instrumento de mobilização da comunidade para o processo da
gestão ambiental participativa.
A estruturação de ações permanentes de
educação ambiental foi possibilitada pela execução do projeto, que contribuiu
para a criação da Divisão de Educação Ambiental na Secretaria Municipal de
Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo, órgão responsável por implementar
a Política Municipal de Educação Ambiental, atualmente em formulação, visando
se tornar num programa formal de governo.
As ações de educação ambiental também foram
executadas em conjunto com a dinâmica da Agenda 21 Local, como instrumento para
conscientização, informação, mudança de padrões e hábitos culturais e promoção
do desenvolvimento local. Ações diversificadas em torno da Campanha “Povo
Limpo, Povo Desenvolvimento”, capacitação sobre Agenda 21 Escolar, apoio a
realização das Conferências nas Escolas, da I Semana do Meio Ambiente de Rondon
do Pará, de estímulo a leitura, de plantio de árvores na área urbana, enfim, um
conjunto de ações que deram visibilidade ao projeto e contribuíram para
mudanças visíveis na comunidade.
A primeira ação estruturada de educação ambiental
aconteceu através da Campanha “Povo Desenvolvido é Povo Limpo”. A administração
pública e a comunidade estavam enfrentando sério problema com o hábito da
comunidade de acumular lixo e entulho nas ruas. Como o Município tem uma
atividade de construção civil muito significativa, esse se tornou um problema
público de grande relevância. A SECMA assumiu a liderança do enfrentamento ao
problema, junto com a Secretaria Municipal de Obras, responsável pela limpeza
pública. Através da Oficina de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos foi
realizada a capacitação dos agentes públicos, dando início a um novo modelo de
coleta de lixo e resíduos sólidos, a partir do zoneamento da cidade em áreas
distintas, com previsão de coleta sequenciada. Diversos materiais informativos
foram produzidos, impressos para distribuição e em áudio para difusão na rádio
e em carros-som na cidade.
A Campanha “Povo Desenvolvido é Povo Limpo”
adquiriu uma grande proporção mobilizadora nos bairros, nas escolas, nos órgãos
públicos, nas indústrias e no comércio, gerando uma mudança visível e esperada
no modo de disposição e recolhimento do lixo e de entulhos na comunidade. A
realização da I Semana do Meio Ambiente de Rondon do Pará foi outro evento de
mobilização que fortaleceu essa iniciativa e introduziu novos temas e
preocupações para a gestão ambiental da comunidade, tal como o reflorestamento
e a recuperação de áreas degradadas.
A seleção de uma turma de 51 jovens através
do Curso de Formação de “Jovens Agentes Ambientais”, com 600 horas/aula de
atividades, num módulo básico e num módulo profissionalizante, qualificou
jovens para a gestão ambiental municipal e formou cidadãos conscientes,
mobilizadores e facilitadores de ações de educação ambiental na comunidade. O
curso foi realizado com a parceria do Ministério da Educação, através do
programa Escola de Fábrica, da Associação Cultural Caminho de Vida, dos
Argonautas Ambientalistas da Amazônia, do Núcleo Universitário, da Secretaria
Municipal de Educação, da Escola Estadual de Ensino Médio Dionísio Bentes de
Carvalho.
O Ministério do Meio Ambiente, através do
Departamento de Agendas 21 Locais, apoiou e participou do processo de
capacitação através do Encontro “Agenda 21 Local, Agendas 21 da Escola,
Juventude e Plano Diretor Municipal” realizado no Município e envolvendo mais
de 80 educadores e educandos das diferentes escolas. Como resultado desse
momento, a SECMA tomou a iniciativa de instalar o Conselho Municipal da
Juventude, já criado por lei, mas até então desarticulado.
Como um dos resultados significativos do
processo de educação ambiental, foi a realização do Encontro de Educadores
Ambientais e Agentes de Desenvolvimento Local, que aconteceu em Marabá e deu
origem à Rede de Educadores Ambientais do Carajás, com participação
significativa de 15 Municípios e 43 instituições da região. No anexo 7 é
apresentada a “Formulação e o Desenho da Rede Carajás de Educadores Ambientais
e Desenvolvimento Sustentável Local” Devido a dificuldades de comunicação e
locomoção, por conta de uma territorialidade muito extensa, a rede está se
reestruturando com focos mais definidos, dando origem à Rede de Educadores
Ambientais da BR-222. Essa iniciativa integrou os educadores ambientais a redes
nacionais como a REBEA e regionais como a REPEA, abrindo novos horizontes para
qualificação, participação e construção de territórios sustentáveis.
5.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
META/ Atividade
|
DESCRIÇÃO DA META/ATIVIDADE
|
INDICADOR FÍSICO
|
EXECUTADO %
|
||
Unidade
|
Quant.
|
||||
1
|
Disseminar
cultura de sustentabilidade através do plano de comunicação e fortalecer o
CONSEMA e o Fórum de DLIS.
|
||||
1.1
|
Reuniões bimestrais do
CONSEMA.
|
reuniões
|
12
|
20% pois as reuniões só passaram a ser bimestrais a
partir da aprovação do novo Regimento Interno do CONSEMA em 2008.
|
|
1.2
|
Produzir, diagramar,
arte-finalizar material impresso.
|
material
|
30
|
100% produzidas e finalizadas artes-gráficas de várias
publicações e logomarcas
|
|
1.3
|
Produzir vinhetas para rádio
e spots para tv
|
vinhetas spots
|
14
|
60%
Produzidas 08 vinhetas e 01 jingle.
|
|
1.4
|
Veicular vinhetas nas rádios
e spots nas tvs.
|
vinhetas spots
|
860
|
+
de 100% veiculadas 800 inserções de vinhetas e divulgação ao vivo em
programas jornalísticos.
|
|
1.5
|
Realizar audiências públicas
do CONSEMA com demais parceiros.
|
audiências
|
6
|
80%
Realizadas 04 Audiências e 01 Conferência.
|
|
1.6
|
Editar vídeo com
experiências bem-sucedidas na comunidade.
|
Vídeo
|
1
|
100%
editado 01 vídeo sobre questões ambientais locais.
|
|
1.7
|
Contratar agente de
mobilização para dar suporte ao projeto.
|
agente
|
1
|
100%
Contratado 01 agente de mobilização.
|
|
1.8
|
Construir estruturas
permanentes de outdoor nas entradas da cidade.
|
estruturas
|
4
|
+
de 100% construídas 10 estruturas de outdoor.
|
|
1.9
|
Plotagem de banners promocionais
para ambientes interiores.
|
banners
|
40
|
+
de 100% plotados 42 banners para ambiente interno.
|
|
1.10
|
Veicular mensagens nos
outdoors.
|
outdoor
|
10
|
100%
veiculados 10 outdoor.
|
|
1.11
|
Produzir 2 tipos de folders
institucionais e 2 tipos de cartazes
|
publicação
|
12.000
|
100%
publicados 10.000 folders e 2.000 cartazes.
|
|
1.12
|
Adquirir e ocupar stand
durante 2 Feiras Agropecuárias.
|
stands
|
2
|
+
100% ocupados stands em 03 Feiras.
|
|
1.13
|
Participação de
representantes do projeto em seminários do FNMA/SPRN.
|
participação
|
8
|
+
100% participação de 12 representações e atividades.
|
|
1.14
|
Ampliação do CONSEMA.
|
vagas
|
5
|
100%
ampliado o CONSEMA em 05 vagas.
|
|
1.15
|
Revisão do Regimento Interno
do CONSEMA.
|
regimento
|
1
|
100%
Regimento Interno do CONSEMA revisto e aprovado.
|
|
1.16
|
Promover oficina com Agentes
Públicos da administração municipal.
|
oficina
|
1
|
100%
realizada 01 oficina com agentes públicos.
|
|
1.17
|
Capacitar conselheiros do
CONSEMA em temas no plano de capacitação
|
capacitação
|
2
|
100%
realizada capacitação.
|
|
1.18
|
Elaborar Agenda Ambiental
Municipal a partir da Agenda 21 Local.
|
agenda
|
1
|
100%
elaborada agenda ambiental municipal.
|
|
1.19
|
Publicar jornal informativo
mensal.
|
jornais
|
24.000
|
10%
publicados 2.000 exemplares do jornal.
|
|
1.20
|
Realizar seminário
microrregional envolvendo municípios afins.
|
seminário
|
1
|
+100%
realizados 03 seminários microrregionais.
|
|
1.21
|
Realizar seminário local de
avaliação do projeto.
|
seminário
|
1
|
100%
realizado 01 encontro de avaliação.
|
|
1.22
|
Publicar revista com
resultados do projeto.
|
Revista
|
1
|
Meta
não realizada.
|
|
1.23
|
Editar vídeo informativo dos
resultados do projeto.
|
Vídeo
|
1
|
Meta
não realizada.
|
|
2
|
Aperfeiçoar e
complementar o ordenamento jurídico-institucional local, gerando base legal e
sustentabilidade para o órgão ambiental.
|
||||
2.1.
|
Contratar consultoria
jurídica e administrativa.
|
consultoria
|
2
|
100%
- A consultoria jurídica foi realizada pela própria equipe da SECMA em
parceria com a equipe da SEMA.
|
|
2.2
|
Elaborar lei de taxas,
portarias e demais instrumentos legais necessárias.
|
elaboração
|
1
|
100%
- Elaborada lei de taxas, portarias e demais instrumentos legais necessários.
|
|
2.3
|
Elaborar termo de
referência, fluxogramas de processos e procedimentos, formulários de
licenciamento e auto de infração.
|
elaboração
|
1
|
100%
- Elaborados termos de referencia, fluxograma de processos e procedimentos e
formulários de licenciamento e auto de infração.
|
|
2.4
|
Revisar a Lei Orgânica, a Lei
Ambiental, Lei Tributária e demais normas, para adequá-las à política
ambiental.
|
revisão
|
1
|
100%
- Revisadas as normas orçamentárias para sua adequação à política ambiental
municipal.
|
|
2.5
|
Publicar cartilhas com
legislação ambiental municipal e passo-a-passo do licenciamento.
|
cartilhas
|
1.000
|
100%
- Publicadas 500 cartilhas com legislação ambiental municipal e passo-a-passo
do licenciamento.
|
|
3
|
Consolidar o
licenciamento e a fiscalização através do SICA e propiciar a continuidade e
integração das ações administrativas.
|
||||
3.1
|
Cadastramento dos
empreendimentos e atividades poluidoras instaladas.
|
cadastro
|
1
|
100%
- Cadastrados empreendimentos de 04 tipos de atividades poluidoras.
|
|
3.2
|
Criar o SICA = Sistema
Municipal de Informações e Cadastros Ambientais, com Banco de Dados
alimentando o sistema.
|
sistema
|
1
|
40%
a meta ficou incompleta pois faltou a base de dados pronta.
|
|
3.3
|
Adquirir equipamentos para
fiscalizar, monitorar e controle ambiental
|
equipamento
|
5
|
100%
- Adquiridos equipamentos para fiscalização, monitoramento e controle
ambiental: decibelímetro, GPS, máquina digital e filmadora.
|
|
3.4
|
Contratar agentes para
efetuar o cadastramento e atuar na fiscalização.
|
agentes
|
2
|
100%
Contratados 02 agentes de cadastramento.
|
|
3.5
|
Contratar técnico em
informática para dar suporte ao projeto.
|
técnico
|
1
|
100%
Contratado técnico em informática.
|
|
3.6
|
Adquirir equipamentos de
informática para base e banco de dados.
|
equipamento
|
4
|
100%
Adquiridos: computador, impressora, scanner, ar-condicionado.
|
|
3.7
|
Realizar oficina de
treinamento com equipe do cadastramento.
|
oficina
|
1
|
+100%
Realizados 02 treinamentos da equipe.
|
|
3.8
|
Adquirir móveis e utensílios
para banco de dados e gestão ambiental.
|
móveis
|
13
|
100%
Adquiridos móveis: escrivaninhas, armários, arquivos, geladeira, fogão,
central PABX etc.
|
|
3.9
|
Adquirir veículo para apoio
às atividades de gestão ambiental
|
veículo
|
1
|
100%
Adquirido veículo FIAT Strada
|
|
3.10
|
Adquirir material de consumo
|
material
|
1
|
100%
Adquirido material de consumo durante a implementação do projeto.
|
|
3.11
|
Contratar consultoria de
engenheiro ambiental.
|
consultoria
|
1
|
Meta
desnecessária por causa da assessoria da SECTAM
|
|
3.12
|
Definir o Conselho Gestor do
Fundo Municipal do Meio Ambiente.
|
definição
|
1
|
100%
Definido o Conselho Gestor do Fundo Municipal do Meio Ambiente
|
|
3.13
|
Identificar e coibir
canalização de esgotos sanitários domésticos para as galerias da rede de
drenagem pluvial.
|
meses
|
20
|
Meta
inexequível.
|
|
3.14
|
Realizar seminário de
transição entre atual e futura administração.
|
seminário
|
1
|
Não
houve necessidade porque não houve descontinuidade administrativa.
|
|
4
|
Consolidar e capacitar os
quadros técnicos da administração municipal e da sociedade civil local,
através do plano de capacitação.
|
||||
4.1
|
Adquirir equipamentos
pedagógicos
|
equipamento
|
1
|
100%
Adquirido DVD, TV, Vídeo-cassete e Data-show.
|
|
4.2
|
Realizar minicursos do plano
de capacitação.
|
minicursos
|
13
|
+100%
Realizados Seminários, Mini-Cursos, Oficinas e Encontros de Capacitação.
|
|
4.3
|
Adquirir material de consumo
e apoio pedagógico.
|
material
|
1
|
100%
Adquirido material de consumo durante a execução do projeto.
|
|
4.4
|
Produzir relatório analítico
do resultado da capacitação.
|
relatório
|
1
|
Meta
não realizada.
|
|
5
|
Implementar mecanismo
econômico de uso sustentável dos recursos florestais locais.
|
||||
5.1.
|
Contratar engenheiro
florestal ou agrônomo.
|
engenheiro
|
1
|
100%
Contratado engenheiro agrônomo.
|
|
5.2.
|
Contratar consultoria e
implantar programa setor moveleiro eco sustentável
|
consultor
|
1
|
Não
houve necessidade, por causa do apoio da SECTAM/Programa de Inovação
Tecnológica.
|
|
5.3.
|
Realizar oficina diagnóstico
com moveleiros e artesãos.
|
oficina
|
1
|
100%
Realizadas 04 oficinas e encontros de diagnóstico com moveleiros e artesãos.
|
|
5.4
|
Buscar parcerias com
SEBRAE/SENAR/SENAC/CEFET/MDIC/MRE etc.
|
parcerias
|
1
|
100%
Efetivadas parcerias institucionais com o SEBRAE, SECTAM, UFRA e UFPA.
|
|
5.5
|
Identificar tecnologias
alternativas para aproveitamento resíduos madeira.
|
identificação
|
1
|
Meta
não executada.
|
|
5.6
|
Identificar novas espécies
florestais para fabricação de móveis.
|
identificação
|
1
|
100%
- Identificado com o setor florestal e realizado campanha de promoção do Paricá
para uso em recuperação de áreas degradadas.
|
|
5.7
|
Realizar oficinas de
qualificação técnica para setor moveleiro.
|
oficina
|
6
|
100% Realizadas 06 oficinas
de qualificação do setor moveleiro, em parceria com o SEBRAE, SECTAM e UFPA.
|
|
5.8
|
Organizar feiras de
exposição da produção moveleira.
|
feiras
|
4
|
100% Organizadas 12 feiras
de exposição e comercialização da produção moveleira.
|
|
5.9
|
Fomentar o intercâmbio com
outros mercados produtores de móveis.
|
intercambio
|
6
|
30% realizados 02
intercâmbios com outros mercados produtores de móveis.
|
|
5.10
|
Organizar o segmento
moveleiro em cooperativas e associações.
|
organizar
|
1
|
100% Organizado o setor moveleiro
em Associação.
|
|
5.11
|
Fomentar interação entre
moveleiros e industriais madeireiros para conquista do selo verde.
|
fomento
|
1
|
Meta não realizada.
|
|
5.12
|
Fortalecer o viveiro
municipal e adquirir mudas e sementes florestais aproveitáveis para móveis.
|
viveiro
|
1
|
100% O viveiro municipal foi
revitalizado e distribuiu mudas e sementes de espécies florestais nativas.
|
|
5.13
|
Realizar seminário sobre
certificação e selo verde.
|
seminário
|
1
|
Meta não realizada.
|
|
6
|
Promover campanhas de
educação ambiental como instrumento de mobilização da comunidade para o
processo da gestão ambiental participativa.
|
||||
6.1
|
Contratar monitor para
suporte ao Programa de Educação Ambiental
|
monitor
|
1
|
100% Contratado monitor de
educação ambiental.
|
|
6.2
|
Capacitar professores e
estudantes monitores como ativistas ambientais.
|
capacitação
|
4
|
50% Realizada 01
capacitação.
|
|
6.3
|
Adquirir material de consumo
e apoio pedagógico.
|
material
|
1
|
100% Adquirido material para
a Sala Verde.
|
|
6.4
|
Adquirir material para
capacitação de ativistas ambientais.
|
material
|
1
|
Meta não realizada.
|
|
6.5
|
Adquirir publicações para o
SICA e educação ambiental.
|
SICA
|
1
|
100% Implementado o uso de
internet para fins de educação ambiental.
|
|
6.6
|
Realizar Campanhas de
Educação Ambiental.
|
Campanhas
|
3
|
75% Realizada 02 Campanhas
de Educação Ambiental “Povo Desenvolvido é Povo Limpo” e “Sala Verde na
Praça”.
|
|
6.7
|
Realizar palestras
educativas na comunidade.
|
palestras
|
30
|
100% Realizadas 20 palestras
educativas na comunidade.
|
|
6.8
|
Treinar a comunidade para
atuar como agente de fiscalização ambiental.
|
treinamento
|
8
|
Meta não realizada.
|
|
6.9
|
Produzir folders, cartazes e
cartilha para Campanhas Educação Ambiental.
|
publicação
|
9.500
|
100% Produzidos 2.000
adesivos, 1.700 cartazes e 13.500 folders em formato cartilha para Campanha
de educação ambiental, Seminário de reflorestamento e Conferência Municipal
de Meio Ambiente.
|
O projeto gerou resultados surpreendentes,
possibilitando que Rondon do Pará se tornasse o 12o entre os 143
Municípios do Estado do Pará a implantar plenamente a gestão ambiental, com
atividades de licenciamento e fiscalização pactuadas institucionalmente com o
Governo do Estado. Deixou resultados significativos e marcantes que, por si só,
demonstram a forte intervenção e a marcante contribuição do projeto não apenas
para o Município, mas para a região dentre os quais pode-se destacar a
estruturação do Sistema Municipal de Gestão Ambiental, nas dimensões jurídica e
político-administrativa, com efetivação do licenciamento e da fiscalização das
atividades produtivas de impacto local; a capacitação do setor público e do
setor produtivo, promovendo uma maior e melhor interação esses segmentos e
envolvendo a sociedade civil numa gestão ambiental participativa; por fim, na
consolidação de um setor econômico emergente, historicamente praticado em bases
insustentáveis ecologicamente, agora com noções, práticas e compromissos
sustentáveis, que é o setor moveleiro, fortalecendo atividades econômicas de
bases familiares, com potencial de crescimento.
O Município, que esteve durante anos à
margem de dinâmicas interativas com os demais níveis do setor público (estadual
e federal), carecendo mesmo de convênios e parcerias, a partir da implementação
deste Projeto de Gestão Ambiental e da Agenda 21 Local, graças ao apoio do
Fundo Nacional do Meio Ambiente, criou um ambiente local propício e inseriu-se
numa nova dinâmica e integração com as políticas estaduais e federais, o que se
demonstrou com as novas parcerias resultantes dessa dinâmica e de um olhar mais
atento do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Cultura e do Ministério
do Desenvolvimento, que têm enviado representantes para participarem de ações
locais e fortalecerem essas novas dinâmicas.
Sair do isolamento político-administrativo e
entrar numa dimensão de integração das políticas públicas é o primeiro e mais
significativo passo para transformar a cultura local, para introduzir novos
conceitos e fortalecer novas dinâmicas econômicas, sociais, políticas e
culturais sustentáveis em todas as dimensões.
A articulação do Consórcio Intermunicipal de
Desenvolvimento Econômico Sustentável dos Municípios da BR-222 (CIDES) também
resultante desse processo, que teve na questão ambiental seu principal tema de
articulação, contribuiu para gerar um interesse mais significativo e gerar
espaço propício de articulação e integração institucional para tratar dos
problemas ambientais, que são da maior gravidade na região, dando início a
procedimentos nos Municípios de Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins e Dom
Eliseu para fortalecerem suas instâncias de gestão ambiental e buscarem
parceria institucional com o Governo do Estado para combater o desmatamento e
gerar ações econômicas de base sustentável, desafio desses Municípios e da
região para as próximas décadas, mas para o qual foi dado o passo inicial.
6.
CONTINUIDADE DAS AÇÕES
O principal instrumento que garante a
continuidade das ações está na estruturação do Sistema Municipal do Meio
Ambiente, proporcionado pelo projeto. A criação da Secretaria Municipal de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, com seus departamentos, a contratação de
equipe técnica e sua qualificação, a elaboração da Lei Municipal do Meio
Ambiente, da Lei de Taxas Ambientais e dos instrumentos administrativos, tais
como formulários, termos de referência e autos de infração, dão o suporte
necessário para a execução das ações de licenciamento e fiscalização, que são o
“cérebro” e o “coração” da política de gestão ambiental.
A previsão dos recursos financeiros no
orçamento municipal, advindas inclusive das próprias atividades licenciadoras e
fiscalizadoras irão garantir o suporte financeiro para execução das ações. A
parceria com a Agenda 21 Local demonstrou ser uma estratégia acertada para a
implementação da gestão ambiental integrada às demais demandas da sociedade e
políticas públicas locais, em espaços institucionais fortalecidos, como o
Conselho Municipal do Meio Ambiente, ou criados, como o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Sustentável.
7.
CONCLUSÃO
O Projeto não foi concluído por conta da
interrupção dos repasses dos recursos financeiros por parte do Fundo Nacional
do Meio Ambiente. Contudo, apesar dessa interrupção, a maior das metas foram
realizadas, muitas outras ações não previstas foram incorporadas e o resultado
final atendeu às expectativas iniciais propostas como objetivo do projeto.
A principal dificuldade enfrentada esteve na
falta de apoio técnico mais consistente do Governo do Estado nos 03 primeiros
anos de execução do projeto, nos aspectos relacionados à descentralização da
gestão ambiental. Nesse período inicial foram mais firmes as ações focadas no
relacionamento entre o poder público e o setor produtivo, relativas à meta de
implantação do Polo Moveleiro, quando foi criado o Comitê Tecnológico Regional
de Móveis e Artefatos de Madeira dos Municípios da BR-222, através do Programa
de Polos de Inovação Tecnológica do Pará. Outro aspecto a ser ressaltado é que
a mudança de Governo no Estado, após a eleição, gerou descontinuidade desta
ação, ficando a iniciativa mais vinculada ao Ministério do Desenvolvimento.
A partir do terceiro ano de execução do
projeto as ações de capacitação para descentralização da gestão ambiental se
tornaram mais consistentes, graças à política do Governo do Estado de estimular
a descentralização. Como resultado, a elaboração dos instrumentos jurídico-administrativos
e a capacitação da equipe técnica, fluíram com mais intensidade, gerando como
resultado final a efetivação da gestão plena das políticas ambientais pelo
Município de Rondon do Pará, com suporte do Governo do Estado através da
Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
A expertise adquirida durante o processo de
execução do projeto tornou o Município de Rondon do Pará numa referencia para
os demais Municípios do Estado do Pará, especialmente Abel Figueiredo, Bom
Jesus do Tocantins, Dom Eliseu, Ulianópolis, Altamira, Santa Isabel e Tucuruí,
dentre outros. Muitas solicitações de apoio para descentralização da gestão
ambiental têm sido recebidas pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia,
Meio Ambiente e Turismo (SECMA), especialmente porque as políticas ambientais
ainda são relativamente novas e pouco conhecidas das administrações locais.
Dessa forma, o Município tem sido instrumento para fortalecimento do SISNAMA –
Sistema Municipal do Meio Ambiente.
Por fim, cabe relacionar de forma sintética
as principais realizações e resultados da execução do Projeto “Fortalecimento
da Gestão Ambiental Municipal de Rondon do Pará”, convênio 043/2004-FNMA:
1. A organização do Sistema Municipal de Gestão
Ambiental, com as seguintes
ações:
1.1. Criação da Secretaria Municipal de
Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo (SECMA), organizada em
departamentos e divisões.
1.2. Formação de corpo técnico-administrativo
através da transferência de servidores de outros órgãos municipais (fiscais,
agentes administrativos e agentes de apoio) e da inclusão no concurso público
de novas funções, tais como analista ambiental (nível superior) e técnico
ambiental (nível técnico).
1.3. Instrumentalização do órgão municipal
do meio ambiente com móveis, equipamentos, veículos e material de expediente
adequado e suficiente para seu pleno funcionamento.
1.4. Inclusão no orçamento municipal de
recursos para a gestão ambiental municipal, com recursos do município previstos
em R$ 380.000,00 para o exercício de 2008.
2. Adequação
do ordenamento jurídico-institucional para a gestão ambiental:
2.1. Elaboração e aprovação da Lei Municipal
no. 532/2008 que “Dispõe sobre a Política Municipal de Meio Ambiente
e dá outras providências”.
2.2. Elaboração e aprovação da Lei Municipal
no. 533/2008 que “Institui Taxas decorrentes das atividades de
licenciamento ambiental no Município de Rondon do Pará”.
2.3. Elaboração dos Termos de Referência,
Formulários, Auto de Infração, Requerimento e Cadastro previstos e necessários
para o processo de licenciamento e fiscalização.
2.4. Estruturação do fluxograma do processo
de licenciamento.
2.5. Nomeação dos membros do Conselho
Municipal do Meio Ambiente, através do Decreto no. 577/2008.
2.6. Aprovação e sanção do Regimento Interno
do Conselho Municipal do Meio Ambiente, através do Decreto no.
580/2008.
3. A
estruturação do Sistema Municipal de Gestão Ambiental, com os seguintes instrumentos:
3.1. Fortalecimento e reestruturação do
Conselho Municipal do Meio Ambiente (CONSEMA) como órgão deliberativo da
política municipal do meio ambiente e composição com majoritária da sociedade
civil.
3.2. Instalação do Fundo Municipal de Defesa
do Meio Ambiente (FEDMA) como órgão arrecadador e financiador da política
municipal do meio ambiente.
3.3. Realização da I Conferência Municipal
do Meio Ambiente, como espaço participativo da sociedade em geral para
avaliação, discussão e deliberação sobre a política municipal do meio ambiente.
As conferências do meio ambiente foram instituídas por lei municipal para
realização a cada dois anos.
3.4. A integração ao Sistema Municipal do Meio
Ambiente dos diferentes órgãos da administração municipal e órgãos estaduais e
federais implantados no Município, que possuam interface com a política
ambiental.
3.5. Aprovação
e execução em conjunto com a Universidade Federal do Pará, do Projeto “Água e
Cidadania para o Desenvolvimento Local Sustentável das Bacias Hidrográficas de
Rondon do Pará”, com financiamento do CNPq e FINEP, que tornaram Rondon do Pará
o primeiro Município do Estado do Pará a elaborar um processo de monitoramento
e gestão dos recursos hídricos.
4. Implantação das ações de licenciamento e
fiscalização, com os
seguintes resultados:
4.1. Convênio com o Governo do
Estado para descentralização partilhada do licenciamento e da fiscalização, com
o Município assumindo o licenciamento de mais de 50 tipos diferentes de
empreendimentos com impacto ambiental local.
4.2. Início do licenciamento
ambiental em 2008, com a emissão das primeiras licenças prévias, licenças de
instalação e licenças de operação. A partir de 2009 os Alvarás de Licença e
Funcionamento de mais de 470 empreendimentos instalados no Município somente
serão emitidos pela Prefeitura após a emissão da licença ambiental para essas
atividades previstas em lei.
4.3. Pactuação, através de termo
de ajuste de conduta, com o Ministério Público e empreendedores do ramo de
mineração, para adequação desses empreendimentos às normas ambientais e
exigências legais, visando diminuir os impactos na bacia hidrográfica local do
rio Ararandeua.
4.4. Cadastramento das
atividades econômicas locais, iniciando com as que utilizam recursos florestais
como insumo produtivo (movelarias, marcenarias, carpintarias, serrarias,
laminadoras, carvoarias).
4.5. Fiscalização e coibição das
atividades de poluição do ar no perímetro urbano, que resultou no fechamento ou
remoção de mais de 30 atividades de carvoejamento.
4.6. Fiscalização e coibição de
atividades de poluição através da emissão de água servida, especialmente
aquelas que envolvem conflitos de vizinhança.
4.7. Estruturação da divisão de
fiscalização na SECMA, com capacitação para o corpo técnico-administrativo da
Secretaria.
5. Capacitação e qualificação dos quadros técnicos
da administração municipal e da sociedade civil local:
5.1. Intercâmbio técnico e participação de
oficinas de capacitação em Belém e Marabá, realizadas ou com apoio da
Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), do Programa de Gestão Ambiental
Integrada (PGAI) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marabá (SEMMA).
5.2. Realização de 03 oficinas de capacitação do quadro
técnico-administrativo da SECMA no Município.
5.3. Parceria com a Escola de Governo do
Estado do Pará para realização de 03 cursos de capacitação para agentes
públicos e representantes da sociedade civil: Curso de Ecologia e
Desenvolvimento Sustentável, Curso de Planejamento Territorial, Curso de Gestão
Ambiental Municipalizada.
5.4. Formação de 40 Jovens Agentes
Ambientais, numa atividade em parceria com a Escola de Fábrica (MEC), com
qualificação para apoio a gestão ambiental municipal e monitoria de atividades
de educação ambiental.
5.5. Realização
em parceria com a Agenda 21 Local de Oficina de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, Encontro com Produtores de Carvão, Oficina artesanal de
reaproveitamento de resíduos da madeira, Curso de Associativismo e
Cooperativismo, Oficina de Comunicação Popular.
5.6. Inclusão
do Município no PNC – Programa Nacional de Capacitação para Gestores Ambientais.
6. Estruturação de ações permanentes de
Educação Ambiental, com as
seguintes atividades:
6.1. Estruturação da Divisão de Educação
Ambiental e Agenda 21 Local na SECMA.
6.2. Realização do Seminário de Educadores
Ambientais do Carajás, que deu origem à Rede de Educadores Ambientais e Agentes
de Desenvolvimento Sustentável Local do Carajás e, posteriormente, da Rede de
Educadores Ambientais da BR-222.
6.3. Realização da Campanha “Povo
Desenvolvido é Povo Limpo”, com a reestruturação do sistema de coleta de resíduos
sólidos da cidade e atividades de mobilização (caminhadas, palestras,
distribuição de material informativo em pontos de grande circulação, visita
direcionada a estabelecimentos residenciais, comerciais e industriais que
dispunham inadequadamente resíduos sólidos).
6.4. Realização da I Semana do Meio
Ambiente.
6.5. Realização do Encontro de Integração da
Agenda 21 Local, com a Escola, Juventude e Plano Diretor Municipal, com
participação de representante do MMA e que gerou a instalação do Conselho Municipal
da Juventude, vinculado à SECMA.
6.6. Discussão da Agenda Ambiental Municipal
com o Conselho Municipal do Meio Ambiente (CONSEMA).
6.7. Realização da I Conferência Municipal
do Meio Ambiente, com o tema “Rondon do Pará e as Mudanças Climáticas Globais”.
7. Implantação do Pólo Moveleiro
Eco-Sustentável, com as
seguintes ações:
7.1. Mobilização dos moveleiros para
diagnóstico do segmento, com cadastramento de suas atividades no órgão
ambiental municipal.
7.2. Criação da Associação dos Moveleiros e
Artesãos de Rondon do Pará (AMARP).
7.3. Implantação de unidade de atendimento
SEBRAE no Município, com foco nos arranjos produtivos definidos como eixos
estruturadores do desenvolvimento local pela Agenda 21, entre eles o APL de
Móveis e Artefatos de Madeira.
7.4. Articulação, em conjunto com a Agenda
21 Local, de micro-crédito para o setor moveleiro através do Banco do Cidadão e
de fomento do Banco da Amazônia implantado no Município.
7.5. Ações de capacitação, suporte,
supervisão, orientação e consultoria empresarial do SEBRAE para os moveleiros,
visando aprimorar seu processo produtivo. O investimento do SEBRAE nesse
segmento é previsto em R$ 500 mil visando prepará-los para implantação do Pólo
Moveleiro Regional.
7.6. Articulação com o Governo do Estado
para inclusão do Pólo Moveleiro no Programa de Pólos de Inovação Tecnológica do
Pará, resultando na criação do Comitê Tecnológico Regional de Móveis e
Artefatos de Madeira dos Municípios da BR-222, e na elaboração de projeto de
implantação do Pólo Moveleiro da Região da BR-222, atualmente em tramitação na
Secretaria Estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SEDECT) e no
Ministério de Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC).
7.7. Realização, em parceria com a Agenda 21
Local e com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável dos
Municípios da BR-222 (CIDES), de encontros e seminários locais e regionais com
os produtores rurais, especialmente do Seminário sobre Reflorestamento e
Alternativas para o Desenvolvimento da BR-222, visando pactuar ações de
recuperação de áreas degradadas através do reflorestamento visando sua
reinserção no ciclo produtivo.
Enfim, o Projeto cumpriu os objetivos para o
qual foi elaborado, com resultados mais surpreendentes do que os esperados,
mesmo não tendo sido finalizada sua execução. Os desafios futuros residem na
necessidade de fortalecer os instrumentos da gestão ambiental municipal,
especialmente através da contratação de mais 01 analista e 01 técnico ambiental
que foram aprovados no concurso público, na conclusão do cadastramento dos
empreendimentos e implantação do Sistema de Informação (SICA), no
fortalecimento dos espaços participativos na gestão ambiental e, especialmente,
no acompanhamento do processo de implantação do Pólo Moveleiro Eco-Sustentável
como mecanismo para promoção do desenvolvimento sustentável.
Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
Rondon do Pará
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