sábado, 27 de setembro de 2008

CONSTRUINDO A “Matriz FOFA” COMO PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATEGICO

A “Matriz FOFA” é um instrumento metodológico basico e popular para análise de projetos, organizações ou de ator social que se propõe a planejar, diagnosticando sua situação e preparando propostas de ações estratégicas.

Este instrumento tem sido utilizado com êxito por organizações de pequeno porte (associações, sindicatos, igrejas etc), projetos de médio alcance, movimentos sociais diversos e agências multilaterais.

Recomenda-se que seja conduzido por um moderador com experiência em moderação de atividades grupais e pode ser utilizado em grupos de vários tamanhos em diferentes situações de análise e decisão.

Também é recomendável, quando possível, que seja utilizado como ferramenta num processo de planejamento estratégico situacional mais amplo, uma vez que pela sua simplicidade, não permite uma análise profunda dos problemas detectados pelo ator que planeja, gerando uma matriz situacional superficial e uma matriz normativa de ações a serem executadas pelo ator que planeja.

A vantagem desta ferramenta está em sua simplicidade para gerar critérios que norteiam a tomada de decisões e sistematizam o planejamento de ações.

A “Matriz FOFA” é realizada em dois momentos distintos e subseqüentes. No primeiro momento analisando a situação e no segundo momento gerando propostas de intervenção sobre os fatores identificados.

1º Passo: Deve estar claro quem é o ator que planeja, ou o projeto que está sendo analisado, seus objetivos e sua missão.

2º Passo: Identificar os fatores positivos e negativos que interferem nos objetivos ou na missão do ator que planeja, classificando-os em internos e externos. Essa identificação deve ser catalogada numa matriz 4 por 4, de modo que seja visualizada facilmente por quem está planejando.

Os fatores internos são classificados como Fortalezas e Fraquezas. São aqueles fatores controláveis pelo ator que planeja, estando sob sua responsabilidade.

Os fatores externos são classificados como Oportunidades e Ameaças. São aqueles decorrentes do ambiente ou de outros atores sociais, não estando sob responsabilidade direta - ou sob governabilidade - do ator que planeja.

É muito importante compreender a diferença entre fatores internos e externos, pois todo diagnóstico objetiva um bom planejamento, e fatores internos podem ser fortalecidos ou eliminados e fatores externos podem ser aproveitados ou evitados.

Concluída esse momento inicial de análise da situação, deve-se então preparar o Plano de Ação com as propostas de ações que incidirão sobre os fatores identificados.

3º Passo: Preparar uma matriz de ações a serem empreendidas, considerando-se que:
As FORTALEZAS devem ser fortalecidas, usadas, maximizadas.
As OPORTUNIDADES devem ser aproveitadas.
As FRAQUEZAS devem ser eliminadas ou compensadas.
As AMEAÇAS devem ser evitadas ou seus efeitos devem ser minimizados.

4º Passo: Preparar um organograma/cronograma definindo prazos e responsáveis pelas ações identificadas na matriz de ação, num sistema de gerenciamento do Plano de ações.
Por ultimo e, se for o caso, definir um sistema basico de organização do grupo.

Textos consultados e utilizados:
- Santos, Glória Lúcia. “Mobilização Social em Comunidades”, Curitiba: UNILIVRE, 2002.
- Krüger, Hans. “Planejamento, acompanhamento e avaliação em projetos de gestão ambiental”, Manaus: Agência de Cooperação Técnica, 2002.

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